A nossa casa é o mundo!

A nossa casa é o mundo (Jerónimo Nadal, séc XVI). O mundo é casa porque é pertença e é nossa porque somos todos cidadãos. Se cada um não buscar mais do que o próprio bem, em vez de pertencer a esta casa, possuindo ou querendo dominá-la, vai destrui-la. Os recursos são limitados, os problemas são globais, a justiça é para todos. Se virmos o outro apenas como adversário, se encararmos a diferença como ameaça, se não nos envolvermos na mudança, então, seremos apenas espectadores derrotistas e não cidadãos globais. Este é o sentido da Semana que o INA promove, junto dos alunos do Ensino Secundário Regular e Profissional, durantes os próximos dias 27 a 31 de março, envolvendo toda a comunidade educativa.

Durante esta semana queremos ajudar os nossos alunos a contactarem com a diferença, a refletirem sobre o desenvolvimento humano e sustentável, sobre a equidade de género e a educação, sobre a interculturalidade e a inclusão, sobre o que significa hoje promover uma justiça social para todos e a repensarem a sua participação democrática. Para isso, contamos com a ajuda de inúmeros convidados, especialistas nas diferentes áreas para, através da partilha das suas experiências, educar os nossos alunos e alunas para o bem comum, através de conferências, debates, trabalhos de grupo, com destaque para as INA Talks (terça-feira) e as Masterclasses (quinta-feira).

Como escola da Companhia de Jesus, que pertence a uma rede mundial de escolas espalhadas pelos cinco continentes, “queremos que os nossos estudantes reconheçam, valorizem e celebrem a sua comunidade, tradição e cultura locais e, ao mesmo tempo, sejam capazes de comunicar, trabalhar e identificar-se com outros membros da nossa comunidade global.” (Tradição Viva, identificador nº 3).

Sabemos que o cidadão do futuro é o aluno do presente. Somos conscientes da nossa difícil missão como escola e não queremos apenas formar academicamente. Queremos ir mais longe e educar pessoas conscientes, competentes, compassivas e comprometidas: cidadãos globais que não são indiferentes à sua realidade local, nem aos grandes problemas atuais, mas que se envolvem com esperança na transformação do mundo, pondo-se ao serviço.